Festival de Movimento e Contacto de Improvisação

Curiosa pelo corpo, arte e expressão através do movimento desde muito jovem, tem como background uma forte técnica de ballet e dança contemporânea, formando-se em Dança pela Escola Superior de Dança (Lisboa, Portugal). Entende-se como uma eterna curiosa e aprendiz, sempre disponível para experimentar e ampliar a sua área de ação e formação nos vários tipos de abordagem ao movimento, nomeadamente Contacto Improvisação, Movement, Flying Low e Moving Through, para nomear algumas. Na sua história enquanto bailarina-intérprete constam trabalhos com diversas companhias e projetos independentes dentro da área da dança contemporânea, bem como de festivais e concursos de dança. Nos últimos anos encontrou o seu interesse também na área da criação, tendo feito a sua primeira peça de autor em 2022 “Corpus Vibratum”. Por entre o seu trabalho enquanto bailarina-intérprete, criadora e professora, é co-fundadora do InnerCore – Festival de Movimento e Contacto Improvisação, juntamente com Pedro Magalhães.

Classes

Entendendo o corpo como o conjunto de um todo biológico, individual, social, intelectual, social e espiritual, o qual está vulnerável a todos os processos de mudança internos e externos e em constante permeabilidade, propõe a exploração do conhecimento deste ser orgânico que reside em todos nós como algo em construção e constante adaptação – “Corpos Permeáveis”. As suas aulas são um convite à celebração de se sentir e estar vivo, através de exercícios e práticas dinâmicas, cheias de ritmo, onde a descoberta do corpo individual, do corpo em conjunto e do corpo no espaço são guiadas por um amor infinito.

FUNDA GUL (Türkiye)

Funda define-se como uma exploradora, aventureira do movimento, que tem vindo a estudar artes marciais como parte da sua jornada espiritual e intelectual. O Aikido, foi a chave que, em 2005, acendeu uma paixão que moldou o seu caminho. Ao longo da sua jornada, mergulhou também no Systema, onde aperfeiçoou as suas habilidades como instrutora em formação, e mais tarde mergulhou na filosofia do Yoga, onde durante a sua formação de professores, descobriu o poder das práticas personalizadas e adaptáveis. Desde 2016, Funda tem estado profundamente envolvida no Contacto Improvisação como estudante, professora e facilitadora.

Classes

Funda tem procurado diversos métodos para descobrir e localizar o centro do outro e reconhecer o seu papel fundamental na dança. É particularmente atraída pela ideia de apoio mútuo e pela exploração do centro comum quando dois corpos se encontram na arte da dança. O seu objetivo é criar um espaço inclusivo para a exploração do movimento, guiado pela filosofia profunda de que “a função cria a forma”. Devido à sua formação versátil, Funda inclui nas suas práticas todas as técnicas que habitam o seu corpo.

LEVI GERSHKOWITZ (USA)

Levi é um bailarino de contacto improvisação e músico, que se dedica aos pormenores do movimento, incluindo a colocação e remoção de silêncios. Como membro de longa data da Earthdance, uma comunidade baseada em CI localizada no oeste de Massachusetts, iniciada em 1986, ele teve a oportunidade de dançar e estudar com alguns professores fundamentais desta prática.
O cuidado mútuo de Levi para com as pessoas e o mundo sente-se na sua presença e na sua abordagem enquanto facilitador de workshops, que ajudam a manter o foco na qualidade da relação entre os corpos e a garantir que se movem com sabedoria e propósito.

Classes

Com 14 anos de experiência em Contacto Improvisação, combinada com o vocabulário somático entre várias modalidades de trabalho corporal, a sua abordagem gira em torno da questão: Como é que podemos aumentar o risco e o cuidado na devida proporção um do outro? 
Reconhece que, ao fazê-lo, muitas vezes leva ao desenvolvimento de competências que nos permitem abandonar os padrões de pensamento que regem as limitações que estas acarretam.

A prática de Movement reside no contraste em expor o corpo a situações desconhecidas, de caos e de complexidade que sejam transformativas ao momento e à estrutura. Nesse confronto, aprendemos a lidar com a interconectividade do ver e do fazer, do fazer e do sentir, do sentir e do estar através de paradigmas, perguntas e puzzles enquanto se criam situações de mobilidade, força orgânica, equilíbrio, coordenação ou locomoção. Em um todo, a prática de Movement capacita e possibilita formas de desenvolvimento global de um corpo que se mexe de forma cada vez mais inteligente e acima de tudo, mais humana.

ANDRE DIAS (PT)

Licenciatura em Ciências do Desporto, pai e eterno curioso sobre tudo o que envolve o corpo humano, define-se como um eterno estudante. Enquanto praticante e professor de Movement e de Artes Marciais, é acima de tudo um formador nas temáticas relacionadas com força orgânica, contacto com o meio ambiente, trabalho em suspensão e em parceria / partnering. Em 2016, conheceu o método de Ido Portal que o fez apaixonar por esta prática e não mais parou de procurar caminhos educativos junto a outros professores como Marcello Palozzo com quem tem estudado mais proximamente. Em 2016, tornou-se Co-Fundador, juntamente com o Tiago Martins, do Movement Lisboa.

TIAGO MARTINS (PT)

Ex-ginasta de alta competição, técnico especialista de exercício físico, performer e bailarino, encontra em si um estudante complexo de várias linguagens ligadas ao Movement – olhando o corpo na sua totalidade. A prática de Movement tem uma presença tal no seu desenvolvimento que se tornou professor, enquanto desenvolve trabalho como performer entendendo o corpo como veículo de expressão física, intelectual e artística. É estudante aplicado de uma grande variedade de disciplinas – Ido Portal, Tom Weklser, Nil Tiesnier, Shai Faran, Almog Loven, Karin Avi, para nomear algumas. Co-Fundador, juntamente com André Dias, do Movement Lisboa.

Natalia Vik formou-se em Dança na Escola de Dança Contemporânea de Copenhaga, Dinamarca. Em 2012, termina o Programa de Formação de Professores da Gaga (em Tel Aviv), ano a partir do qual ensina, para além de praticar, esta técnica. Fica até 2016 a residir em Israel enquanto bailarina e professora.  Vive desde 2019 em Palmela, Portugal, onde partilha o seu conhecimento como professora, bailarina e criadora. Em paralelo viaja pela Europa trabalhando com escolas de dança, companhias de dança, festivais e aulas Gaga, para todas as idades e backgrounds. Para além das práticas de dança, Natalia é praticante de Taijiwuxigong, tendo a Natureza como grande fonte de inspiração para o seu trabalho.

Movimentar-se através de práticas matinais

A Natalia vai oferecer uma mistura das suas práticas de movimento em Gaga, dança contemporânea e improvisação. Uma vez que guiará as “morning practices” durante o Innercore, vai-se debruçar no elemento de qigong mais do que na dança contemporânea, bem como de alongamentos suaves para despertar o corpo em conjunto.

Bailarino. Pedro é o fundador e curador do Arrábida Dance Labs, nasceu em Portugal e cresceu na China. Dançando desde a infância, coreografou a sua primeira peça, para 30 bailarinos, ainda enquanto jovem adolescente. Formado em técnicas clássicas e contemporâneas pelo Conservatório Nacional de Portugal, dançou em várias companhias antes de fundar a sua própria, onde começou a incorporar abordagens somáticas no seu trabalho. Investigador do “Campo Unificado”, Pedro tem quase 30 anos de experiência profissional como bailarino, professor e diretor. Ser professor convidado na Escola de Medicina Tradicional Chinesa em Lisboa aproximou-o do Qigong e do auto-conhecimento. O Contacto Improvisação expandiu as suas interacções corporais e criativas.

O Corpo Coletivo

Somos uma parte intrínseca de um Corpo Coletivo – a Terra – bem como parte de outros Corpos Comuns temporários. Quando temos consciência desta ligação – que surge da nossa singularidade – damos passos significativos em direção à nossa vitalidade plena.

A abordagem do Pedro à dança, à consciência do movimento e ao contacto improvisação é muito apreciada no panorama da dança portuguesa pela sua forma especial de conduzir as sessões e pelos seus métodos inclusivos que fazem com que todos se sintam bailarinos.